«A Cruz não é a morte de um condenado qualquer, senão a morte dos "outsiders", dos escravos e dos delinquentes políticos. E além do mais é uma morte conflituosa em último grau : Sócrates necessitou de quase setenta anos para que o conflito com a sociedade se agudizasse até ao extremo de custar-lhe a vida. No caso de Jesus, uma das coisas mais surpreendentes é a celeridade [rapidez] com que se produz o conflito (quem sabe não chegue a durar mais de um ano; no melhor dos casos, três). E essa é a melhor prova da sua tremenda virulência.»
José Gonzalez Faus, "La Humanidad Nueva"
2 comentários:
obrigado por nos continuares a mimar com a qualidade da tua reflexão e investigação.
Calmeiro Matias
Qualquer um de nós já experimentou a "raiva"que o enxe quando alguém critica os seus comportamentos e, põe em causa aquelas coisas que defende com unhas e dentes... as regalias de que usufrui...as riquezas que acumula... os bens que acha que são muito seus, mesmo que ganhos com o suor do rosto de outros...etc. etc...
Jesus não se cansou de pôr em causa os comportamentos dos grandes, muitas vezes, indirectamente...era atrevido quando lhes dizia que os pequeninos é que tinham já, lugar marcado no Reino de Deus ...e eram esses os preferidos...e não eles, os poderosos, a não ser que se se dispusessem e deixar-se renovar e curar...mas...como? se eles tinham a certeza de que eram bons e estavam certos... A única maneira de acabar com "aquele veneno" que fazia os pequeninos sentirem-se gente e deixarem de ser subservientes era destrui-lo...
Eu acredito que é possível continuar a espalhar esse "veneno", mas, também acredito que só em comunidade de vida e oração, na mão dada que dá e se dá foça é que isso é possível.
Um abraço, Gustavo! obrigada! Glória
Enviar um comentário